Super - Herói
Fui ver “Os Incríveis” o novo filme da Disney sobre uma família de super – heróis que têm de esconder, devido aos seus poderes incríveis. O Pai é forte como o Sansão, a Mãe é elástica, a filha mais velha tem o poder de ficar invisível e de criar campos de forças, o do meio – um grande maluco, por sinal – corre como um louco varrido e o bebé é um diabinho em chamas.
Claro que depois de ver este filme comecei a fantasiar sobre os super – poderes que gostaria de ter, e os resultados não foram famosos.
Gostaria :
de conseguir voar,
de ter um sopro capaz de levantar as saias as miúdas,
de ter visão “raio X” (esta nem vou comentar, vou deixar ao vosso critério, mas não serviria certamente para assaltar bancos),
de ter o poder de transformar-me numa bola de bowling gigante para passar por cima do transito,
de rebentar como uma pipoca,
de ter o poder de descobrir o telefone da Giselle Bündchen,
de ser o Coelhinho da Energizer
de ser a sombra do Lucky Luke.
Depois de toda esta reflexão, cheguei a conclusão que a vida de super – herói deve ser uma chatice pegada, as miúdas giras nunca sabem quem somos, ou melhor apenas gostam da nossa faceta de super – herói, temos de perseguir sempre os maus da fita, de inventar um fato de super – herói (e tem de ser lavável a 30ª graus), de pagar impostos, fazer muito exercício e não poder utilizar lança – chamas e veículos de combate.
Devido a todos estes factos já decidi: vou continuar a ser um Inútil, uma arte apenas destinada a mentes medíocres e mais importante, não preciso de vestir nenhum fato apertadinho de lycra, apenas ser igual a mim mesmo dia após dia.